domingo, janeiro 25, 2009

Road to the Oscars: The Wrestler

Eis a minha segunda review para a Road to the Oscars deste ano. Depois de Frost/Nixon, eis que assisti finalmente ao novo filme de Darren Aronofsky, criador de Requiem for a Dream, Pi e The Fountain.



Este filme foi muito ansiado acima de tudo pelo regresso de Mickey Rourke. Provavelmente não sabem, mas o Rourke teve uma fase muito má da sua carreira, estando cerca de 2 anos sem fazer qualquer filme. Este filme assentou na perfeição no currículo de Rourke e deve ter tido um sentimento especial, visto que há uns anos, o actor chegou a ser lutador de boxe.

Quanto ao filme, este é duma carga emocional impressionante. Darren já nos tinha habituado a filmes muito fortes, sendo Requiem a sua mais forte prova disso mesmo. Estamos perante a história de Randy "The Ram" Robinson, um wrestler que teve imenso sucesso no final dos anos 80. Passados 20 anos, Ram continua no circuito independente (aparecem destacadas as brands da CZW e ROH) a tentar ganhar a vida, completamente consciente que já não tem a genica e saúde de outros tempos.

Tudo aparenta correr dentro da normalidade até que Randy sofre um ataque cardíaco, que coloca a sua carreira como lutador profissional de parte. Uma emoção mais forte pode ser falta. Randy vê-se numa situação caótica, sem ninguém para ajudar, apenas com a sua popularidade de outros tempos e o facto de continuar a ser uma personagem querida no mundo do wrestling. Vê-se entre a espada e a parede e tenta encaixar-se na vida social, tentando corrigir os erros de outrora, numa desesperada tentativa de sobreviver. Há cenas que mostram precisamente isso. Todas as cenas passadas com a filha, a cena com o rapaz a jogar Nintendo, entre outras. Randy vê-se ultrapassado e sente que não tem mais nenhuma solução que colocar a vida em risco e continuar com a sua paixão de sempre, o Wrestling.

O filme é fortíssimo, duma carga emocional muito forte. Coloca uma face no, assumido por alguns, cold hearted Wrestler, uma face de desespero, de alguém que precisa de alguém. Mickey Rourke executa essa papel na perfeição. Melhor era impossível. Óscar para este senhor.

Destaque óbvio também para as 2 meninas do cast: Marisa Tomei está fantástica e Evan Rachel Wood também está muito bem. Aliás, já tinha imensas saudades desta rapariga, longe vão os tempos de Thirteen.

Nota 10.

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