domingo, fevereiro 22, 2009

Road to the Oscars: Australia



Muito, mas mesmo muito aquém do que esperava. Houve tanto hype em redor deste filme que ia jurar que ia assistir a um autêntico épico. Bem longe disso.

Situado em 1939, precisamente antes da 2ª Guerra Mundial ter início, o filme conta a história de uma aristrocata inglesa chamada Sarah Ashley, que vai até à Austrália, onde o marido Maitland tem um negócio de gado. O problema é que, devido a interesses de terceiros, Maitland morre. Sobre o risco de perder tudo o que tinha, Sarah decide despedir o braço direito de Maitland, por suspeitar que este teve algum envolvimento na morte de Maitland. A partir daqui, e tendo em conta que Carney tem um domínio mais forte que o seu, Sarah pega em todos as pessoas que tem disponíveis e foge com as 1500 cabeças de gado para Darwin, de modo a manter aquilo que é seu e estabilizar-se no negócio das carnes na Austrália. Na segunda parte do filme, passados 2 anos, Sarah toma conta de Nullah, um descendente de índios australianos. No entanto, isto vai contra a lei, que não permite que crianças nativas sejam adoptadas. Toda esta história cruza-se com o ataque dos japoneses à Austrália. A qualidade do filme sobe consideravalmente, embora faça lembrar imenso Pearl Harbor (o que não é nada bom).

As personagens são, vá, como hei de explicar isto? Bem, são más. Há uma péssima caracterização, achei os diálogos muito mal enquadrados e até mesmo nomes como Jackman e Kidman conseguem ofuscar todas estas falhas. As cenas dramáticas também estão mal construídas, no meu ponto de vista. A morte do Kipling Flynn é mais uma prova disso.

No geral, é um filme muito aquém do que esperava. Tinha imenso potencial, mas acabou por ser um fiasco, bem ao estilo de Alexander, Pearl Harbor e Troy (este último é mesmo um ódio de estimação, i cant help it). O filme tenta ser épico, colossal, mas caí numa banalidade impressionante. Isto para além de ser demasiado longo. Provavelmente, a grande desilusão do ano.

Nota 6.

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