sábado, fevereiro 14, 2009

Road to the Oscars: Revolutionary Road



Eis o grande "derrotado" nas nomeações dos Oscars. O filme de Sam Mendes falhou todas as grandes nomeações, apenas arrecadando uma nomeação para melhor actor secundário.

E havia argumentos para deixar de fora este filme, que decorre na década de 50, em pleno coração da América? O argumento é baseado no livro de Richard Yates com o mesmo nome "Revolutionary Road". Confesso que não li o livro (aliás, quem me conhece sabe que não sou grande fã de ler), mas penso que Sam Mendes manteve uma fiel descrição da obra original. O enredo conta a história de uma típica família americana que vive sérios momentos de crise. A paixão entre os 2 começa a ser questionada e começam a preparar uma "fuga" para Paris, numa tentativa de recomeçar a viver. Ele, Frank Wheeler, é o operário da casa. Ela, April Wheeler, é uma fracassada actriz. Juntos, aparentavam ser o casal perfeito. Todos os planos começam a ir por água abaixo quando Frank recebe uma promoção, depois de um desempenho espectacular na sua empresa. Em paralelo, Frank envolve-se com uma jovem secretária da mesma empresa.
Quando questionados aquando da razão pela qual vão embora pelo filho dos senhorios chamado John Givings, que tem distúrbios mentais, é posta em causa toda a questão de se terem casado, de viverem juntos ou mesmo se ainda sentem algo um pelo outro. Como será daqui para a frente?

Sam Mendes assina um belíssimo filme. Estamos perante um filme bem fundamentado, que tem um excelente suporte nas boas interpretações. Digamos que este Revolutionary Road é um "American Beauty", mas sem a conotação mais irónica e mais emotiva. É um filme sério, que retrata bastante bem o típico seio familiar e todos os problemas que se podem gerar dentro desse mesmo seio. O único reparo que queria fazer é que, durante o filme, chega-se a cair em momentos mais tediosos e com menos acção, que o torna por vezes monótono.

Foi engraçado ver Kate Winslet e Leo di Caprio outra vez juntos. 2 dos melhores actores da sua geração encontram-se novamente, passados 12 anos depois de Titanic. Quanto ao desempenho deles, cumpriram com eficácio o seu papel. O grande destaque vai mesmo para Michael Shannon, o filho dos senhorios, que tem pouquíssimo tempo de antena, mas arranca uma soberba e intensa interpretação.

Nota 8.

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