quinta-feira, fevereiro 19, 2009
Road to the Oscars: The Curious Case of Benjamin Button
Eis o último nomeado ao óscar de melhor filme de 2008/09. The Curious Case of Benjamin Button era também, à partida e em igualdade com Slumdog Millionare, aquele filme que me suscitava mais interesse. Primeiro, é do grande David Fincher. Mestre de grandiosos filmes como Fight Club (diria até que este é "o filme", mas isso é uma opinião pessoal), Se7en, The Game, Zodiac, entre outros. Um dos meus realizadores preferidos, e que faltava um filme desta magnitude para se estabilizar como um realizador de topo. Curiosamente acho que aconteceu algo muito parecido com Danny Boyle e o seu Slumdog Millionare.
Bem, a história deste filme é bastante simples. Algures em 1918, nasce uma criança completamente fora do normal: aparenta ter todos os problemas que um homem de 80 anos à beira da morte tem. A mãe morre durante o parto e o pai, assustado com o facto do filho ser "anormal", abandona-o perto de um lar de idosos. Uma senhora que trabalha nesse lar chamada Queenie descobre o bebé e cuida dele como se fosse seu próprio filho. A partir daqui, entramos na história de Benjamin, um homem que tem um crescimento inverso ao normal: com o passar dos anos vai rejuvenescendo. Torna-se então vítima das mais peculiares situações, com acontecimentos incrivelmente bizarros, no entanto bastante humanos.
Esta é uma história para todo o sempre. Faz-me lembrar imenso o Big Fish, com uma história deveras parecida, mas autêntica na mesma. O personagem, esse, faz-me muito o Forrest Gump, devido à sua ingenuidade e à sua capacidade de acreditar que pode fazer aquilo que quer e que deseja. As interpretações, essas, são igualmente excelentes. Brad Pitt está excelente. A sua caracterização, com o desenrolar dos anos, é FANTÁSTICA. Impressionante mesmo. Cate Blanchett prova mais uma vez porque é a minha actriz preferida. Jason Flemming está muito bem igualmente e Taraji P. Henson merece inteiramente a nomeação que recebeu para melhor actriz. Até Tilda Swinton aparece a dar um toque da sua classe.
O filme está carregado de metáforas impressionantes, que me fazem lembrar, não sei porquê, o Magnolia. Adoro a ironia criada em torno do personagem que é atingido 7 vezes por um relâmpago. A história inicial do filme também é uma excelente prova do que Fincher tenta explicar. Que o tempo não tem controlo, mas que temos o poder de fazer dele o que queremos.
Há filmes que conseguem ser maravilhosos, magníficos, sublimes, com uma mensagem de vida como tão poucos tem. Este é um deles. Se eu tinha ficado estupefacto com Slumdog Millionare, este Benjamin Button também me acertou no mesmo sítio. Espectacular.
Vai ser uma luta feroz pelo grande galardão. Em 2006/07, eu estava a torcer incondicionalmente por Babel. Perdi. Em 2007/08, desejava que a estatueta fosse para There Will Be Blood. Perdi novamente. Este ano, sinceramente, tanto me faz. Tanto Slumdog Millionare como The Curious Case of Benjamin Button são fantásticos filmes. Qualquer um pode ganhar que eu não fico chateado.
Nota 10.
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